Nos últimos anos, o modelo de negócios D2C (Direct to consumer) ganhou destaque no Brasil, impulsionado pela digitalização e pela mudança no comportamento do consumidor.
O modelo D2C permite que as marcas estabeleçam uma relação direta com seus clientes, proporcionando uma experiência personalizada e aumentando a lealdade à marca. As empresas podem coletar dados valiosos sobre o comportamento dos consumidores, utilizando essas informações para aprimorar suas ofertas e estratégias de marketing.
Segundo dados da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), por exemplo, aproximadamente 30% das marcas de moda no Brasil adotaram o modelo Direct to consumer entre 2022 e 2024, e esse número deverá crescer nos próximos anos. O crescimento é reflexo da adoção de novos hábitos de consumo, nos quais as pessoas buscam cada vez mais comprar diretamente das marcas, evitando intermediários.
Vantagens de adotar um modelo de negócio
Direct-To-Consumer (D2C)
- Preços competitivos
Um dos maiores atrativos do modelo D2C é a capacidade de oferecer preços mais competitivos. Ao eliminar intermediários, as marcas podem reduzir custos e repassar essa economia aos consumidores, tornando seus produtos mais acessíveis. - Simplicidade e baixo custo
O modelo Direct to consumer é relativamente simples e barato de ser adotado. Os custos de manter um e-commerce são geralmente menores do que os de operar uma loja física, permitindo que pequenas e médias empresas entrem no mercado com menor investimento inicial. - Conhecimento aprofundado do público
A venda direta ao consumidor permite um mapeamento detalhado da jornada de compra, desde o interesse inicial até a compra final. Isso proporciona às marcas um conhecimento aprofundado sobre seu público, possibilitando uma otimização eficaz do planejamento de marketing. - Melhoria na experiência do consumidor
O D2C possibilita que as marcas adotem uma série de ações estratégicas para estreitar laços com a audiência. Isso inclui iniciativas de pós-venda, que não apenas fidelizam os clientes, mas também os transformam em promotores da marca.
Desafios do D2C
- Custo de Aquisição de Clientes (CAC)
No modelo Direct to consumer, a responsabilidade de lidar com os clientes recai completamente sobre a marca. Isso pode resultar em altos custos de aquisição, especialmente em um mercado competitivo. - Gestão de marketing e relacionamento com o cliente
As marcas devem ser preparadas para gerenciar o atendimento ao cliente diretamente. Isso inclui lidar com consultas, solicitações e feedbacks de maneira eficaz e rápida, o que pode ser solicitado para empresas sem experiência nesse aspecto. - Logística e distribuição
No modelo D2C, a marca é responsável por toda a cadeia de suprimentos, desde a produção até a entrega ao cliente final. Para empresas que estão acostumadas a vender através de distribuidores ou varejistas, essa responsabilidade adicional pode ser um desafio significativo. É necessário controlar todo o fluxo logístico e gerenciar devoluções e trocas, mantendo uma operação sustentável. - Manutenção de estoque e previsão de demanda
Sem intermediários para absorver excedentes ou lidar com a falta de produtos, a marca precisa ter um controle específico sobre o estoque. A previsão de demanda torna-se crucial para evitar problemas de excesso ou falta de produtos.
Full commerce: uma solução para escalabilidade e eficiência do D2C
O modelo Direct to consumer no Brasil está em plena ascensão, e a adoção do full commerce é uma estratégia eficaz para garantir escalabilidade e eficiência. Apesar dos desafios associados ao modelo D2C, as vantagens são significativas e podem resultar em um crescimento sustentável e lucrativo. As marcas que investem nesse modelo não apenas aprimoram suas operações, mas também oferecem uma experiência superior aos consumidores.
Soluções oferecidas por um full commerce:
Um dos principais benefícios do full commerce é a integração de todas as operações em uma única plataforma. Isso permite que as empresas D2C escalem suas operações rapidamente, sem a necessidade de investir em infraestrutura, múltiplas soluções ou sistemas.
A gestão centralizada facilita a análise de dados e a tomada de decisões estratégicas, permitindo que as marcas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado, além de contar com soluções logísticas eficientes que garantem a entrega rápida e segura dos produtos e o acesso a tecnologias avançadas, como inteligência artificial e automação de marketing.
À medida que o mercado continua a evoluir, a implementação do full commerce pode ser uma chave para o sucesso das marcas que buscam se destacar no cenário competitivo do e-commerce.
Artigo por Ângelo Vicente, CEO da Selia Fullcommerce.
